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Foto: amigosdolivro.com.br
RICARDO LACAVA BAILONE
Ricardo Lacava Bailone é médico veterinário graduado pela Universidade Estadual Paulista, mestrado pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutorado pela Universidade Estadual Paulista e Harper Adams University (Reino Unido). Atua desde 2008 como servidor público concursado efetivo do Serviço de Inspeção Federal, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na área de segurança alimentar através da inspeção de produtos de origem animal. Possui vários artigos técnicos e científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais de sua área de atuação. Quando ainda na universidade, morou em diversas cidades da Inglaterra, onde adquiriu a fluência do inglês trabalhando em diversos subempregos e conhecendo assim a cultura local. Recentemente retornou ao Reino Unido como pesquisador, atuando em trabalho conjunto com a Harper Adams University, Newport, Shropshire.
Vencedor do Prêmio Literário Uirapuru 2019, categoria Romance, com o livro Astúncio, o estúpido esclarecido, Editora Folheando. Vencedor do XIV Prêmio Literário Livraria Asabeça 2015 com a obra O Canto do Urutau (A Lenda do Mãe-da-lua), publicada na 24°Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2016. Livro não publicado Amargo Tempo da Desilusão segundo lugar no Prêmio José de Alencar (Categoria Romance), do Concurso Internacional de Literatura UBE, RJ, 2017. Vencedor do XII Concurso Contos do Tijuco 2017 com o conto Estado de Sítio e Vencedor do IV Concurso Literário da Academia Leopoldinense de Letras e Artes com a poesia Estalactite. Finalista do Prêmio Literatura e Fechadura 2019 com o livro de poesia Do sonho ao pó (Além das ficções sociais).
CONTOS E POEMAS: ANTOLOGIA 2017 / organização Ulysses Rocha Filho, Maria José dos Santos. Jundiaí, SP: Paco, 2022. 88p. 21 cm. ISBN 978-85-S462-2181-3
HYPOCRISIS
E achavas normal!
Hypokrisis.
Reputação ilibada?
Idoneidade moraa?
Nada pior do que gente banal.
Doutos de falsas anedotas,
Semblantes da verdade?
Não! Vulgos idiotas!
Hypokrisis.
Moscas da feira, que não discernem,
Escusos das obrigações morais,
Moralistas do bom senso,
Mas com poucas empatias culturais.
Hipocrisy.
Killers with no mercy.
Ipocriti,
Em sua rodinha feliz.
A qual a indiferença o probo fagocita,
E a miséria abaixo do seu nariz,
Dentro de sua linha imaginária que o delimita.
Pokytec,
E que na sua cabeça limitada,
Sente-se eminente e famigerado,
Enquanto que não passa de mais uma formiga,
Perante o resto do mundo isolado.
Hypocrite,
Brilho nos olhos que não se apaga,
E vangloriam-se por salvar o mundo da maldade,
Bons samaritanos que não faltam à igreja,
E ruminam o ácido da inquidade.
Hypocritae,
Segurança burguesa,
Teatro visceral,
Propina que põe à mesa,
Sua insegurança social,
Pokrytci.
Você e toda esta sua falsa felicidade,
Justificando o cataclisma universal,
Desonram a raça humana,
Em prol de sua mesquinha vaidade.
Hypokrituloj,
Do asco que me provoca,
Aos seus conceitos puramente normais,
Em todos os idioma,
Vermes! São todos iguais!
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